“Professor não é quem ensina, mas quem de repente aprende”. João Guimarães Rosa/ Grande Sertão: Veredas Todos os seres são alvo de um processo educativo. Os pássaros, por exemplo, desde cedo expulsam seus filhotes do ninho, fazendo com que experimentem o processo de aprendizagem do vôo, e este exercício é fundamental para a continuidade da vida. Assim também, nós seres humanos vivenciamos experiências de aprendizagem nos diversos setores: em casa, na rua, igreja e na escola. Vivenciamos estas experiências e passamos por experiências do tipo: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver. Todos os dias misturamos a vida com a educação. Os bebês, por exemplo, sentem necessidade de aprender e esta aprendizagem iniciada desde a mais tenra idade, objetiva socializar o indivíduo na sociedade por meio do ensino de hábitos, costumes e valores convencionados de forma consensual pela coletividade. A educação ajuda a pensar tipos de homens, mais do que isso, ela ajuda a criálos, através de passar uns para os outros o saber que o constitui e legitima. Produz o conjunto de crenças e idéias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto constroem tipos de sociedades (p. 11). Na página oito de seu texto, num item denominado “Educação? Educações: aprender com o índio”, o autor conta que há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações e como as promessas e os símbolos da educação sempre foram adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes da tribo responderam agradecendo e recusando o convite. A carta acabou conhecida porque Benjamim Franklin adotou o costume de divulgá-la. Eis o trecho que nos interessa reproduzir com o intuito de iniciar nossas reflexões sobre educação a partir da concepção destes índios: “... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações tem concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.
“Professor não é quem ensina, mas quem de repente aprende”.
ResponderExcluirJoão Guimarães Rosa/ Grande Sertão: Veredas
Todos os seres são alvo de um processo educativo. Os pássaros, por exemplo,
desde cedo expulsam seus filhotes do ninho, fazendo com que experimentem o
processo de aprendizagem do vôo, e este exercício é fundamental para a continuidade
da vida.
Assim também, nós seres humanos vivenciamos experiências de aprendizagem
nos diversos setores: em casa, na rua, igreja e na escola. Vivenciamos estas
experiências e passamos por experiências do tipo: para aprender, para ensinar, para
aprender-e-ensinar.
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver. Todos os dias misturamos
a vida com a educação.
Os bebês, por exemplo, sentem necessidade de aprender e esta aprendizagem
iniciada desde a mais tenra idade, objetiva socializar o indivíduo na sociedade por meio
do ensino de hábitos, costumes e valores convencionados de forma consensual pela
coletividade.
A educação ajuda a pensar tipos de homens, mais do que isso, ela ajuda a criálos,
através de passar uns para os outros o saber que o constitui e legitima. Produz o
conjunto de crenças e idéias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas
de símbolos, bens e poderes que, em conjunto constroem tipos de sociedades (p. 11).
Na página oito de seu texto, num item denominado “Educação? Educações:
aprender com o índio”, o autor conta que há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e
Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações e como as
promessas e os símbolos da educação sempre foram adequados a momentos solenes
como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que
enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes da tribo
responderam agradecendo e recusando o convite. A carta acabou conhecida porque
Benjamim Franklin adotou o costume de divulgá-la. Eis o trecho que nos interessa
reproduzir com o intuito de iniciar nossas reflexões sobre educação a partir da
concepção destes índios:
“... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem
para nós e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios
reconhecem que diferentes nações tem concepções diferentes das coisas e,
sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de
educação não é a mesma que a nossa.